Quando adentramos o universo das constelações familiares, um conceito fundamental surge: a ‘boa’ e ‘má’ consciência, explorado por Bert Hellinger. Mas o que exatamente esses termos significam e como se relacionam com nosso sistema familiar?
De forma simplificada, Bert nos mostra que a ‘boa consciência’ está relacionada ao conhecido, ao familiar, àquilo que estamos acostumados, aos caminhos já trilhados.
Já do outro lado, a ‘má consciência’ se associa ao desconhecido, ao ainda não-conhecido, às verdades não descobertas e aos caminhos não desbravados.
Mas como tudo isso se conecta ao nosso sistema familiar?
Hellinger nos ensina que pertencer a um sistema familiar implica seguir uma série de valores e normas estabelecidas pelo grupo.
Dessa forma, muitas vezes nos adequamos automaticamente a essas expectativas para sermos aceitos. Isso pode nos levar a reproduzir padrões familiares e nos manter em uma zona de conforto, ou seja, na ‘boa consciência’.
No entanto, quando pensamos, sentimos ou agimos de maneira que entra em discordância com as expectativas familiares, surge o medo da desaprovação, insegurança e culpa – a chamada ‘má consciência’.
Assim, acabamos nos auto limitando e evitando experiências desafiadoras que poderiam nos levar a um novo patamar de crescimento e autodescoberta.
É essencial compreender que os termos ‘boa’ e ‘má consciência’ não carregam julgamentos morais, mas sim refletem nossos sentimentos de pertencimento ou de exclusão dentro do sistema familiar.
É na ‘boa consciência’ que nos moldamos dentro de padrões já estabelecidos, enquanto na ‘má consciência’ encontramos a coragem para nos desafiar e buscar um novo caminho.
A “Má” Consciência não é necessariamente “ruim”.
Durante as constelações familiares, podemos perceber que momentos de ‘má consciência’ podem ser necessários para que uma pessoa encontre sua verdadeira essência e rompa com padrões limitantes.
Isso não significa desrespeitar ou prejudicar o sistema familiar, mas sim reconhecer que nosso crescimento também impacta positivamente todo o grupo.
O desejo de pertencer é poderoso, mas é fundamental compreender que romper com padrões pode nos levar à plenitude e ao alcance de nosso máximo potencial.
Ao trilhar caminhos desconhecidos, somos impulsionados a renovar nosso sistema familiar e criar novos padrões, abrindo portas para uma vida mais plena e realizada.
Encontrar o equilíbrio entre a ‘boa’ e ‘má consciência’ é uma jornada de autodescoberta e empoderamento.
Ao respeitar nossa história e, ao mesmo tempo, buscar a transformação, honramos nossos ancestrais e abrimos espaço para o florescimento de nossas melhores versões.
Nas constelações, encontramos uma ferramenta valiosa para desvendar essas dinâmicas e reencontrar nossa força ancestral, dando asas aos nossos sonhos e potencialidades.
Venha também trilhar nessa jornada de autodescoberta e transformação! Entre em contato para participar de vivências, cursos e grupos de constelação familiar.
Leandro Raiser
Terapeuta, facilitador de constelações familiares.